As agências internacionais de notícias, assim como a imprensa brasileira não param de nos informar sobre os turbulentos conflitos na cidade do Cairo, capital do Egito, contra o presidente-ditador Hosni Mubarak, no poder a três décadas. Não conheço a realidade política e social do Egito contemporâneo, tampouco sou um expert em relações internacionais. Ainda assim, atrevo-me a tecer algumas considerações sobre os acontecimentos em questão.
A primeira questão que me vem à mente quando leio que o presidente egípcio está no poder a trinta anos diz respeito ao próprio poder em geral e ao poder político em particular. Seria o poder um vício contra o qual não há cura? O que leva uma pessoa a permanecer no poder por três décadas oprimindo tudo e todos e, a despeito do que parece ser uma grande revolta popular, insiste em permanecer no comando do país? A troco de quê? De certo, de mais poder. O poder parece mesmo ser cego e surdo, especialmente quando se pretende eterno.
É sabido por todos que o presidente Hosni Mubarak tem o apoio dos EUA, sobretudo, por desempenhar um papel fundamental nas negociações no conflito entre israelenses e palestinos. Ter o apoio do líder político do mais populoso país árabe é um grande negócio para o governo de Washington. Isso me leva à segunda questão. Como pode uma nação que se auto-intitula a maior democracia do mundo apoiar regimes ditatoriais? Toda ditadura mata, tortura, persegue, sufoca, oprime, humilha e desrespeita qualquer um que a ela se oponha. Sendo assim, nada mais incoerente para uma nação que se diz democrática do que apoiar ditaduras. Como disse, pouco ou nada entendo de relações internacionais. Mas pelo visto fidelidade a princípios morais não é a bússola que as norteiam, mas, sim, interesses ignóbeis que passam longe de qualquer compreensão minimamente pautada pela ética e pelo respeito ao ser humano (por Sílvio Benevides).
A primeira questão que me vem à mente quando leio que o presidente egípcio está no poder a trinta anos diz respeito ao próprio poder em geral e ao poder político em particular. Seria o poder um vício contra o qual não há cura? O que leva uma pessoa a permanecer no poder por três décadas oprimindo tudo e todos e, a despeito do que parece ser uma grande revolta popular, insiste em permanecer no comando do país? A troco de quê? De certo, de mais poder. O poder parece mesmo ser cego e surdo, especialmente quando se pretende eterno.
É sabido por todos que o presidente Hosni Mubarak tem o apoio dos EUA, sobretudo, por desempenhar um papel fundamental nas negociações no conflito entre israelenses e palestinos. Ter o apoio do líder político do mais populoso país árabe é um grande negócio para o governo de Washington. Isso me leva à segunda questão. Como pode uma nação que se auto-intitula a maior democracia do mundo apoiar regimes ditatoriais? Toda ditadura mata, tortura, persegue, sufoca, oprime, humilha e desrespeita qualquer um que a ela se oponha. Sendo assim, nada mais incoerente para uma nação que se diz democrática do que apoiar ditaduras. Como disse, pouco ou nada entendo de relações internacionais. Mas pelo visto fidelidade a princípios morais não é a bússola que as norteiam, mas, sim, interesses ignóbeis que passam longe de qualquer compreensão minimamente pautada pela ética e pelo respeito ao ser humano (por Sílvio Benevides).
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Imagem: AP/UOL Notícias.
2 comentários:
Fora DITADURA!!!
Foça ao povo do Egito que deseja outro governo!
E hoje teve mais do ditador:
Jornalistas brasileiros são detidos no Egito
Enviados ao Cairo para a cobertura dos protestos no Egito, o repórter Corban Costa, da Rádio Nacional, e o repórter cinematográfico Gilvan Rocha, da TV Brasil, foram detidos, vendados e tiveram passaportes e equipamentos apreendidos na quarta-feira. Outros jornalistas estrangeiros também foram agredidos e detidos nos arredores da praça Tahrir, onde manifestantes pró e contra o presidente Hosni Mubarak se enfrentam pelo segundo dia.
De acordo com a Agência Brasil, os dois repórteres brasileiros passaram a madrugada desta quinta-feira trancados em uma delegacia do Cairo, em uma sala sem janelas e com apenas duas cadeiras e uma mesa.
“É uma sensação horrível. Não se sabe o que vai acontecer. Em um primeiro momento, achei que seríamos fuzilados porque nos colocaram de frente para um paredão, mas, graças a Deus, isso não aconteceu”, afirmou Corban, que juntamente com Gilvan volta para o Brasil na sexta-feira.
Para serem liberados, os repórteres disseram ter sido obrigados a assinar um depoimento em árabe, no qual, segundo a tradução do policial, ambos confirmavam a disposição de deixar imediatamente o Egito rumo ao Brasil. “Tivemos que confiar no que ele [o policial] dizia e assinar o documento”, contou Corban.
No caminho da delegacia para o aeroporto do Cairo, Corban disse que todos os automóveis eram parados em fiscalizações policiais e os documentos dos passageiros, revistados. Os estrangeiros são obrigados a prestar esclarecimentos. De acordo com o repórter, o taxista sugeriu que ele omitisse a informação de que era jornalista.
Outro jornalista brasileiro, Luiz Antônio Araujo, contou ter sido atacado e roubado por um grupo de 50 partidários do presidente Mubarak. Enviado especial do jornal "Zero Hora" e da rede RBS ao Egito, Araujo disse ter sido cercado por um grupo de pessoas munidas de pedras e facas, que roubaram sua câmera digital e sua carteira.
De acordo com o jornalista, o ataque aconteceu nesta quinta-feira, quando ele tentava entrar na praça Tahrir. Araujo contou que soldados do Exército egípcio viram o roubo, mas não esboçaram qualquer reação.
Veja todu aqui:
http://ultimosegundo.ig.com.br/revoltamundoarabe/jornalistas+brasileiros+sao+detidos+no+egito/n1237982247289.html
Correção:
Veja Tudo aqui:
http://ultimosegundo.ig.com.br/revoltamundoarabe/jornalistas+brasileiros+sao+detidos+no+egito/n1237982247289.html
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