Durante o IV Interculte – Encontro Interdisciplinar de Cultura, Tecnologias e Educação, evento acadêmico promovido pelo Centro Universitário Jorge Amado (UNIJORGE) de Salvador (BA), o jornalista Gilberto Dimenstein falou para a Rádio JA sobre jornalismo, educação e novos métodos de aprendizado e ensino no mundo contemporâneo, marcado pelo informacionalismo.
Para Dimenstein uma das principais características do mundo atual é a geração de uma enorme quantidade de conhecimento em prazos cada vez mais curtos. Como as pessoas não foram treinadas para acompanhar todo esse movimento na mesma velocidade, passamos a vivenciar um mundo com um excesso de confusão, pois há muita informação sem que tenhamos capacidade para selecionar o que nos interessa de fato ou não. No que tange à educação, todo esse processo obriga o professor a rever o seu papel. Segundo ele, hoje, o profissional de educação não pode mais atuar como um transmissor de conteúdo, mas, sim, como um mestre que deve auxiliar o indivíduo a ter estrutura para selecionar as informações e conteúdos relevantes para o seu processo de formação/aprendizagem. Essa percepção sobre o papel do professor, embora atual, norteou os trabalhos do Anísio Teixeira, o baiano mais contemporâneo e inovador de todos os tempos, de acordo com Dimenstein, pois na visão deste educador, não se educa para se ter um bom desempenho escolar, mas, sim, para o desenvolvimento do intelecto e da capacidade de julgamento. Em outras palavras, educa-se para a vida. “Estudar pedagogia sem conhecer o Anísio Teixeira, é o mesmo que estudar física sem conhecer o Einstein ou biologia sem conhecer o Mendel, o Darwin”, disse o jornalista.
Sobre o papel da educação no desenvolvimento de uma nação Dimenstein foi categórico. Não há como construir um país crítico com uma população dotada de um baixo nível de raciocínio lógico abstrato. Segundo ele, com uma educação pública e privada deficitária, como é o caso da brasileira, com salas de aula lotadas, entre outros graves problemas, não pode haver distribuição de renda em níveis desejados, pessoas não se capacitam para ingressar em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e a população não se torna apta para analisar criticamente uma proposta de governo. “Não há nação independente com pessoas dependentes devido à ignorância do conhecimento”, enfatizou. Por tudo isso ele sustenta a idéia de que a luta por educação de qualidade é a nova campanha abolicionista brasileira. Na sua visão, o modelo atual de escola (pública e, também, privada) que se tem no Brasil é um sucesso “porque foi feito para não funcionar e não funciona” (por Sílvio Benevides).
A Rádio JA da UNIJORGE, sob a produção de Cleber Silva, Eliaquim Aciole e Renato Silva e orientação do Prof. Max Bittencourt, realizou entrevista com o jornalista Gilberto Dimenstein. Clique aqui para acessar a entrevista na íntegra.
Para Dimenstein uma das principais características do mundo atual é a geração de uma enorme quantidade de conhecimento em prazos cada vez mais curtos. Como as pessoas não foram treinadas para acompanhar todo esse movimento na mesma velocidade, passamos a vivenciar um mundo com um excesso de confusão, pois há muita informação sem que tenhamos capacidade para selecionar o que nos interessa de fato ou não. No que tange à educação, todo esse processo obriga o professor a rever o seu papel. Segundo ele, hoje, o profissional de educação não pode mais atuar como um transmissor de conteúdo, mas, sim, como um mestre que deve auxiliar o indivíduo a ter estrutura para selecionar as informações e conteúdos relevantes para o seu processo de formação/aprendizagem. Essa percepção sobre o papel do professor, embora atual, norteou os trabalhos do Anísio Teixeira, o baiano mais contemporâneo e inovador de todos os tempos, de acordo com Dimenstein, pois na visão deste educador, não se educa para se ter um bom desempenho escolar, mas, sim, para o desenvolvimento do intelecto e da capacidade de julgamento. Em outras palavras, educa-se para a vida. “Estudar pedagogia sem conhecer o Anísio Teixeira, é o mesmo que estudar física sem conhecer o Einstein ou biologia sem conhecer o Mendel, o Darwin”, disse o jornalista.
Sobre o papel da educação no desenvolvimento de uma nação Dimenstein foi categórico. Não há como construir um país crítico com uma população dotada de um baixo nível de raciocínio lógico abstrato. Segundo ele, com uma educação pública e privada deficitária, como é o caso da brasileira, com salas de aula lotadas, entre outros graves problemas, não pode haver distribuição de renda em níveis desejados, pessoas não se capacitam para ingressar em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e a população não se torna apta para analisar criticamente uma proposta de governo. “Não há nação independente com pessoas dependentes devido à ignorância do conhecimento”, enfatizou. Por tudo isso ele sustenta a idéia de que a luta por educação de qualidade é a nova campanha abolicionista brasileira. Na sua visão, o modelo atual de escola (pública e, também, privada) que se tem no Brasil é um sucesso “porque foi feito para não funcionar e não funciona” (por Sílvio Benevides).
A Rádio JA da UNIJORGE, sob a produção de Cleber Silva, Eliaquim Aciole e Renato Silva e orientação do Prof. Max Bittencourt, realizou entrevista com o jornalista Gilberto Dimenstein. Clique aqui para acessar a entrevista na íntegra.
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Imagem: Gilberto Dimenstein (autoria não encontrada).
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