segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Cirque du Soleil em Salvador com o espetáculo Quidam

O Cirque du Soleil, em português “Circo do Sol”, é uma companhia circense com base em Montréal, Quebec, Canadá. Fundado em Quebec em 1984 por dois ex-artistas de rua, Guy Laliberté e Daniel Gauthier, em resposta a um apelo feito pelo Commissariat général aux célébrations 1534-1984 do governo de Quebec, sobre a comemoração do 450º aniversário da descoberta do Canadá pelo explorador francês Jacques Cartier (1491-1557). A companhia é a maior atração do gênero no mundo. Atualmente o Cirque du Soleil é dirigido por Guy Laliberté, proprietário de 95% do patrimônio do Cirque e na lista de bilionários da revista Forbes. Gauthier em 2000 vendeu sua parte da companhia para Guy Laliberté.

Fui assisti ao espetáculo em um dia só para convidados e dedicado ao público de entidades carentes, alunos de escola de circo, alunos de escolas públicas como também profissionais e educadores dessas entidades. Observei a chegada dos ônibus lotados, inclusive de outros estados, como Alagoas, para participar desse primeiro espetáculo. Eram muitas crianças e adolescentes que já demonstravam a ansiedade para participar desse grande estréia. Esse dia foi uma espécie de ensaio geral antes da grande estréia do público pagante. Uma apresentação perfeita!

O personagem Boum Boum, uma espécie de mestre de cena, surge com suas luvas de boxe em meio às arquibancadas, acompanhado por música ao vivo. Então ele retorna ao picadeiro. Uma voz ecoa nos dando boas vindas em francês, inglês e português. Na minha frente o picadeiro vira um palco giratório que a princípio penso que são os artistas que estão flutuando no palco e só depois noto que é o palco que gira. Posso dizer que fiquei de queixo caído. É perfeito!!

Inicia-se o espetáculo com uma grande roda de metal surgindo com o primeiro artista a se apresentar deslizando nesse palco. Ele roda, gira, rodopia e manobra a roda, executando saltos mortais e acrobacias que desafiam as leis da gravidade. E esse é apenas um dos muitos que ainda estavam para chegar. Tenho que dizer que ele é um dos meu preferidos. Fantástico!

Tinha também as chinesas com seus diablos, ou ioiô chinês. Nesse momento vejo uma brincadeira de criança transformada em arte. Jovens artistas chinesas, cada um com dois paus ligados por um fio em que um carretel é atirado, equilibrado e manuseado de forma quase mágica, tentam superar-se uns aos outros neste espantoso jogo de destreza e talento.

Uma outra brincadeira de criança que toma um efeito coreográfico são as cordas. À medida que as cordas marcam o ritmo, um grupo de acrobatas, dotados de excepcional capacidade de coordenação e ritmo, executa uma corrente seguida, a solo, em dois ou em grupo, de saltos e dança. Incrível! Não posso deixar de falar do palhaço The Clown. O artista chamava pessoas da platéia para participar e, assim, interagindo com a platéia, ele fazia sua graça. O palhaço trabalha com muita desenvoltura e sabe improvisar muito bem. Rezei muito para não ser chamada e consegui! As pessoas que pagaram o mico parece que se divertiram bastante e foram muito aplaudidas.

Todos os artistas muito coloridos e com muita maquiagem. Uma mistura do medieval e do barroco para fazer um lindo espetáculo. São contorcionismos, malabarismos, palhaços e trapezistas. Atualmente, o circo é formado por integrantes de muitas nacionalidades, fazendo espetáculos em todas as partes do mundo. Entre seus integrantes temos o acrobata baiano: Jaílton Carneiro. Ele é soteropolitano, nascido e criado no bairro da Boca do Rio (Silvio, realmente na Boca do Rio se encontra tudo mesmo, não é?!!). Ele é um dos principais artistas do espetáculo Quidam. Em seu personagem Boum Boum fica a todo momento em cena e depois toma seu lugar entre os acrobatas. Do circo Picolino, Jaílton foi para São Paulo onde trabalhou em alguns circos até receber o convite do Cirque du Soleil para integrar a trupe. Passou no teste e entrou na companhia em 2002. Hoje é uma das estrelas do Quidam, espetáculo do circo que já passou por 20 países e reúne 51 artistas de 15 nacionalidades. Além do baiano, outros dois brasileiros integram o elenco do espetáculo Quidam: Denise Wal e Gracilene Oliveira de Moura.

O Cirque du Soleil impressiona qualquer pessoa desde a sua estrutura física montada, a sua organização, pontualidade indiscutível e seu espetáculo absolutamente grandioso. Foi emocionante presenciar tal espetáculo. Um espetáculo vivo, cheio de energia e de cores. Os olhos das crianças brilhavam de emoção em todos os movimentos! Aplaudindo a cada finalização dos artistas, garantindo, também, sua presença e participação. Uma sensação que as palavras não alcançam descrever. Tem mesmo que ir e sentir porque o Cirque du Soleil é sentimento a todo momento.

Ficou na minha cabeça, ao final de tudo, já na saída, a palavra de uma garotinha de uns 6 anos do circo Picolino, que pega sua vasilha plástica da pipoca (com a logomarca do Soleil recebida durante a apresentação) da mão da educadora dizendo: “quero guardar essa vasilha de pipoca para não me esquecer nunca que fui um dia no Circo de Soleil”. BRAVO, CIRQUE DU SOLEIL !!! (por Gina Carla Reis)
*
Imagens: Al Seib (Quidam - Cirque du Soleil).

4 comentários:

Lucas Franco disse...

Eu ainda penso em ir se tiver ingressos, mas de qualquer forma, não encontrar ingressos tem um aspecto positivo: é sinal que estão esgotados, e com um público presente, existem mais possibilidades de o Cirque de Soleil voltar a Salvador. Até porque pessoas de estados próximos vem a Salvador ver esse grande espetáculo, bem descrito por esse texto.

oograzioo disse...

aiii que invejaaaaaaaaaaaaaaaa

¬¬

tah ok... tu merece
huahuahuahaua

ai gente....é lindo nehhhhh
deve ser fantastico assitir ao vivo, de perto....
as fotos e o texto estão muito bons....
parabensss
bjsss

Lucas Franco disse...

Eu fui ontem! Escrevi no meu blog sobre o Cirque Du Soleil, sensacional!

Luiza disse...

Gina, parabéns!

Adorei esse post e também irei ao Soleil. Passo aqui para comentar depois.

Lucas deixa o endereço do seu blog e assim poderemos saber o que vc escreveu sobre o Cirque Du Soleil também!


As fotos são lindas e as palavras me fez sentir o cirque!

bjs