segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Juntar para espalhar

No último dia 07 de dezembro de 2008 foi encerrada no Teatro Castro Alves, com os shows dos magníficos e estupendos André Abujamra e Fernanda Takai, a oitava edição do Mercado Cultural. Esse ano o tema foi JUNTAR PARA ESPALHAR. De acordo com Ruy Cezar Silva e Benjamin Taubkin, organizadores do evento, “esta foi a frase proferida por Hermato Pascoal durante apresentação na Concha Acústica na primeira edição do Mercado Cultural em 1999. Hermeto usou a expressão para definir o próprio Mercado, referindo-se à intenção de juntar (promover encontros, transmissão de conhecimentos e troca de experiências) e espalhar (construir intercâmbios, distribuir a produção, trabalhar em rede). Tudo isso sob a aura de um projeto que nasceu com a missão de sistematizar, promover e distribuir trabalhos autorais de qualidade, representativos da produção artística independente...retomamos esta frase como tema e meta deste ponto de encontro afetivo, intelectual e espiritual de uma comunidade artística que segue aspirando um futuro cooperativo, com ampliação do convívio entre os criadores e ativistas da cultura das distantes regiões do planeta” (trecho extraído do catálogo promocional do evento e disponível no site do Instituto Via Magia).

O Mercado Cultural é, atualmente, o que há de melhor na cena cultural soteropolitana. Primeiro porque a diversidade é o seu motor propulsor. Diversidade que encanta e fascina, pois seus contornos fazem do mundo um lugar deveras interessante e por demais aprazível para se viver, apesar das vicissitudes. Segundo, porque é um espaço onde é possível desfrutar imagens, cores e sons plurais comprometidos não com uma ordem mercadológica, mas com a arte pela arte e tudo de bom que ela pode oferecer. Isso é um alento para olhos e ouvidos fatigados pela mesmice estúpida imposta pela indústria cultural através de seus veículos de comunicação de massa, que transformam tudo e todos em meros objetos descartáveis de consumo. Terceiro, o Mercado Cultural proporciona uma viagem artística e estética ímpar, na qual é possível ir da Catalunha a Madagascar, de Madagascar a Israel, passando por Cuba, Venezuela, Colômbia, Bolívia e Brasil, em um breve espaço de três dias. Não há outro lugar em Salvador onde isso seja possível. Só no Mercado Cultural. Vida longa ao Mercado Cultural! (por Sílvio Benevides)
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Imagem: capa do catálogo de divulgação

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