segunda-feira, 30 de abril de 2012
Por que o Cachoeira gargalhou?
domingo, 29 de abril de 2012
POEMA FALADO: Natureza íntima
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Sarkozy em direção à porta de saída
terça-feira, 17 de abril de 2012
VI Encontro Estadual de História – ANPUH/BA
XXIII CICLO DE ESTUDOS HISTÓRICOS DA UESC
POVOS INDÍGENAS, AFRICANIDADES E DIVERSIDADE CULTURAL
Encontram-se abertas até 13 de maio, inscrições de COMUNICAÇÕES para os 34 Simpósios Temáticos do Evento. Poderão inscrever-se profissionais de História e de outras áreas com interesse na temática geral do Evento e com aderência às propostas dos Simpósios. Graduandos poderão também inscrever-se, desde que sejam chancelados formalmente por seus orientadores.
Quanto às solicitações de informações sobre Hospedagem, informamos que estabelecemos parceria com a Multihotéis, Operadora Oficial do Evento, que em breve apresentará cotação de diárias na rede hoteleira de Ilhéus, com tarifas promocionais para os participantes do Evento, bem como de pacotes e passagens aéreas também promocionais.
Quanto ao Alojamento para estudantes, após entendimentos com a Administração da UESC, estaremos disponibilizando 200 vagas (salas) para alojamento, única e exclusivamente para delegações. Este número poderá ser ampliado, desde que sejam utilizadas barracas. Em breve iniciaremos a campanha de “hospedagem solidária”.
Visando tornar mais ágil a troca de informações, bem como uma maior circularidade do Evento estamos lançando, em parceria com o Portal História Pensada, o Blog Oficial do Evento. Convidamos a todos que o visitem, bem como o compartilhem em suas redes de contatos (Fonte: ANPUH-BA).
Autor(es) SILVIO CESAR OLIVEIRA BENEVIDES
GRIMALDO CARNEIRO ZACHARIADHES
Resumo:
A história republicana brasileira foi intercalada por períodos democráticos e de regimes de exceção, como o Estado Novo (1937-1945) e a Ditadura Militar (1964-1985). Desde a Proclamação da República, em 1889, a limitação dos direitos políticos de amplos segmentos da população marca a história brasileira. O próprio Golpe Militar de 1964 poderia ser pensado como o momento mais dramático de conflitos que existiram na luta empreendida pelos que aspiravam a uma maior participação política e os grupos que tradicionalmente detiveram o poder estatal. Este simpósio temático visa acolher trabalhos que tratem da história política, econômica e cultural brasileira a partir da discussão desta tensão, que continua também nos dias atuais. Embora não vivamos atualmente em um período ditatorial e autoritário, ainda temos muito que lutar para consolidar a democracia no país, que só será possível com uma maior participação de diversos setores da sociedade. Pretendemos neste Simpósio Temático construir um quadro o mais rico possível das transformações políticas e sociais brasileiras, congregando pesquisadores de várias temáticas com o intuito de analisar como se deu a ampliação da participação política no Brasil durante o período republicano. Para tanto, serão abarcados tanto trabalhos que tratem de momentos de aumento desta participação quanto daqueles quando ela se viu reduzida, como os chamados períodos de exceção.
Imagem: Cartaz de divulgação
Mais informações sobre o III EBECULT
O III EBECULT oferece 15 simpósios temáticos com apresentação de mais de 200 trabalhos aprovados, os quais revelarão a diversidade das pesquisas e estudos culturais na Bahia (vide programação completa AQUI). O Encontro proporciona também uma Conferência com reflexões sobre as políticas culturais em âmbito nacional; uma Mesa Redonda com destaque para a interface entre cultura, política e comunicação; três diálogos culturais dando ênfase ao samba do Recôncavo, ao cinema e as artes visuais contemporâneas, além de uma plenária final onde será definida a instituição sede do próximo encontro.
Visando aproximar conhecimentos acadêmicos e populares, inovações e tradições, e proporcionar ao público uma imersão na cultura local, serão oferecidas visitações a instituições e projetos culturais de extensão, além de uma ampla programação artístico-cultural, com exposições, instalações, artes cênicas e muita música. Convidamos todos os interessados a compartilharem essa experiência conosco. Para mais informações, visitem nosso SITE (Fonte: Comissão Organizadora III EBECULT).
domingo, 1 de abril de 2012
Relembrar para não esquecer
Nos primeiros anos da década de 1960, esboçou-se no Brasil uma situação definida por alguns historiados de pré-revolucionária, onde ideais socialistas conquistavam cada vez mais adeptos nos meios intelectuais, sindicais, estudantis, artísticos, eclesiásticos, rurais, entre outros setores da sociedade brasileira. Tratava-se de uma tendência “esquerdizante”, que se espalhava por inúmeras camadas sociais e contagiava, sobretudo, grande número de jovens a ponto de impulsionar muita gente a ter uma participação política mais efetiva.
Os setores dominantes da sociedade brasileira, sentindo seus interesses ameaçados pelas exigências dos trabalhadores urbanos e rurais politicamente mobilizados, conspiraram contra o governo de João Goulart, por temerem que no Brasil uma possível revolução socialista se tornasse vitoriosa, a exemplo do que ocorrera em Cuba. Por essa razão, intelectuais como Jacob Gorender afirmam que o golpe de Estado liderado pelos militares em 1964 pode ser entendido como uma contra revolução preventiva.
Em 01 de abril de 1964, as Forças Armadas brasileiras, sob o pretexto de restabelecer a ordem social ameaçada por uma crise político-institucional, depuseram o presidente João Goulart com o apoio de um leque bem complexo de forças sociais. Foram apoiados pelas classes dominantes nacionais, que compreendiam tanto setores rurais e urbanos, como, também, setores produtivos arcaicos e modernos, por grande parcela da classe média, pelas oligarquias políticas, especialmente aqueles segmentos que não conseguiam chegar ao poder por meio do voto popular, e pelo governo dos Estados Unidos. Por isso a historiografia brasileira atual se refere a esse episódio como golpe civil-militar. Como o primeiro de abril é conhecido nacionalmente como o dia da mentira, os arquitetos do golpe designaram o 31 de março como data oficial do ato nomeado pela propaganda ideológica do regime recém-instaurado de “revolução”.
De 1964 a 1985 a sociedade brasileira experimentou dias de trevas, nos quais o estupro da democracia, a perseguição política e ideológica, as prisões arbitrárias, a censura, o cerceamento da liberdade de expressão, a tortura, os “desaparecimentos” de presos políticos e daqueles considerados inimigos da segurança nacional passaram a ser uma prática constante e, pior, uma política de Estado. Hoje, quarenta e oito anos após o fatídico golpe, devemos relembrar a data não para comemorá-la. Mas, sim, para que não nos esqueçamos do valor da democracia. Esta, mesmo imperfeita, é o melhor caminha a se trilhar (por Silvio Benevides).
Várias Vidas de Joana
O curta abaixo, escrito, dirigido e produzido por Cavi Borges e Abelardo de Carvalho, narra a história de Joana, menina que cresceu “no interior alheia aos principais acontecimentos do país. Aos dezoito anos desembarca no Rio de Janeiro sem imaginar o que a esperava pela frente. A data? Primeiro de abril de 1964. A partir de então, Joana e o Brasil nunca mais foram os mesmos”. O grande mérito do filme é fundir e confundir a história de vida da menina-mulher Joana com a história de vida do Brasil nas décadas de 1960 e 1970. Imagens retiradas de arquivos históricos nos remetem a esses tempos de trevas. Excelente produção que, sem dúvida alguma, vale a pena conferir!
Imagem: Pedro de Moraes