segunda-feira, 30 de abril de 2012

Por que o Cachoeira gargalhou?

Foi divulgado no último sábado, 28/04, pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, que “o empresário do jogo Carlinhos Cachoeira afirmou não apenas à mulher, Andressa Mendonça, mas, também, a advogados e a amigos que o visitam que ‘está louco’ para falar”. De acordo com a jornalista, “um de seus interlocutores diz ter entendido que Cachoeira quer, antes de mais nada, passar ‘recados’ a seus críticos. Mas sem, a princípio, revelações bombásticas e comprometedoras”. E continua: “o mesmo interlocutor afirma que Cachoeira caiu na gargalhada (sic) ao ver a lista de parlamentares que fazem parte da CPI que o investigará. Afirmou estar curioso para saber as perguntas que farão alguns integrantes, que conhece, no dia em que ele for depor na comissão”. A gargalhada do Cachoeira é, no mínimo, algo intrigante. Qual a razão da sua suposta gargalhada? Por que ele estaria curioso para saber as perguntas que farão alguns parlamentares integrantes da CPI, supostamente conhecidos seus, no dia em que ele for intimado a depor? Nós, cidadãos brasileiros, estaremos fadados a ver pela televisão mais uma ópera bufa de picadeiro? Estarão a preparar mais uma enorme e indigesta pizza para nos empurrar goela abaixo? Todas essas são questões intrigantes que, nos próximos dias, terão respostas. Se essas respostas serão as que a sociedade brasileira precisa e quer ouvir isso é outra história tão intrigante quanto a suposta gargalhada do Carlinhos Cachoeira (por Silvio Benevides).

Para quem ainda não sabe os integrantes da CPI do Cachoeira são os deputados Cândido Vacarezza (PT-SP), Odair Cunha (PT-MG) – indicado para relatoria da CPI – Paulo Teixeira (PTSP) e seus suplentes Luiz Sérgio (PT-RJ), Sibá Machado (PT-AC) e Dr.Rosinha (PT-PR). Também integram a lista os deputados Luiz Pitman (PMDB-DF), Iris de Araújo (PMDB-GO) e seus suplentes Edio Lopes (PMDB-PR) e João Magalhães (PMDB-MG). Há, ainda, os deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP), Fernando Francischini (PSDB-PR), Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Rubens Bueno (PPS-PR) e os suplentes Domingos Sávio (PSDB-MG), Rogério Marinho (PSDB-RN), Mendonça Prado (DEM-SE), Sarney Filho (PV-MA); Maurício Lessa (PR-AL) e o suplente Ronaldo Fonseca (PR-DF); Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) e o suplente Osmar Júnior (PCdoB-PI); Miro Teixeira (PDT-RJ) e o suplente Vieira da Cunha (PDT-RS); Silvio Costa (PTB-PE) e o suplente Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP); Paulo Foleto (PSB-ES) e o suplente Glauber Braga (PSB-RJ); Filipe Pereira (PSC-RJ), Gladson Cameli (PP-AM) e os suplentes Hugo Leal (PSC-RJ) e Iracema Portella (PP-PI).

No Senado a lista dos integrantes da CPI do Cachoeira tem a seguinte composição: Vital do Rego (PMDB-PB) – indicado para presidente da CPI – Sérgio Souza (PMDB-PR), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), Ciro Nogueira (PP-PI), Paulo Davim (PV-RN) e os suplentes Benedito de Lira (PP-AL). Integram, também, a lista os senadores José Pimentel (PT-CE), Humberto Costa (PT-PE), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Pedro Taques (PDT-MT), Lídice da Mata (PSB-BA) e os suplentes Welington Dias (PT-PI), Walter Pinheiro (PT-BA), Delcídio Amaral (PT-MS), Jorge Viana (PT-AC) e Acir Gurgacz (PDT-RO); Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Álvaro Dias (PSDB-PR), Jayme Campos (DEM-MT) e os suplentes Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP); Fernando Collor de Mello (PTB-AL), Vicentinho Alves (PR-TO); Kátia Abreu (PSD-TO) e o suplente Sérgio Petecão (PMN-AC). Ainda faltam definir o nome de, no mínimo quatro suplentes. Para quem não gosta de pizza é bom guardar bem estes nomes, só para o caso de precisarmos dar o troco na hora de votar.

Imagem: Amarildo.

domingo, 29 de abril de 2012

POEMA FALADO: Natureza íntima

Nesse mês de abril o Salvador na sola do pé homenageia o poeta AUGUSTO DOS ANJOS, cuja obra é uma das minhas preferidas. O poema desse mês é o NATUREZA ÍNTIMA, essa indelével e indecifrável criatura que habita dentro e fora de todas as criaturas que este mundo habitam. Diz o Poeta por meio da bela voz do ator Othon Bastos: “Cansada de observar-se na corrente / Que os acontecimentos refletia, / Reconcentrando-se em si mesma, um dia, / A Natureza olhou-se interiormente! / Baldada introspecção! Noumenalmente / O que Ela, em realidade, ainda sentia / Era a mesma imortal monotonia / De sua face externa indiferente! / E a Natureza disse com desgosto: / ‘Terei somente, porventura, rosto?! / Serei apenas mera crusta espessa?! / Pois é possível que Eu, causa do Mundo, / Quando mais em mim mesma me aprofundo Menos interiormente me conheça?!’”. Boa áudio-leitura! (por Silvio Benevides)





Imagem: Trilha Loquinhas em Alto Paraíso (GO), por Silvio Benevides.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Sarkozy em direção à porta de saída

Cinco anos depois da sua brilhante vitória no segundo turno da eleição presidencial francesa (53% contra 47% da sua oponente socialista Ségolène Royal), Nicolas Sarkozy deve, sem surpresa, deixar o poder no dia 6 de maio. Uma saída vergonhosa para este político esperto que queria mudar completamente a França. Num sentido, conseguiu o objetivo: mudou coisas sim, mas muitas vezes foi para pior.

Todos os analistas sérios dizem: o balanço de Sarkozy é catastrófico. Em 2007, foi eleito para reduzir o desemprego, diminuir a dívida pública e eliminar a insegurança. Cinco anos mais tarde, o número de desempregados aumentou em um milhão (a taxa nunca foi tão alta nestes últimos 15 anos: um a cada seis franceses está inscrito no Pôle Emploi, a rede das pessoas em busca de emprego), a dívida é 500 bilhões de euros mais alta e a violência continuou a subir.

Para justificar estes fracassos, o presidente conservador explica que a França foi vítima da "pior crise econômica desde 1929". Ele provavelmente tem razão. Mas, apesar deste contexto macambúzio, os vizinhos belgas e alemães possuem a taxa de desemprego mais baixa dos últimos 20 anos. Os franceses não entendem estas diferenças enormes e são 70% (um recorde) a pensar que o balanço de Sarkozy é "negativo" ou "muito negativo".

Porém, se é tão odiado hoje (64% dos franceses dizem "não gostar dele", mais um triste recorde para um presidente em exercício), é também por causa do estilo dele. Aqui, Sarkozy é chamado de "bling-bling", uma expressão familiar para criticar seu comportamento ostensivamente endinheirado. Para comemorar a vitória em 2007, ele convidou uns 40 amigos – quase todos milionários – para um jantar no Fouquet's, um restaurante chique de Paris, enquanto milhares de pessoas o aguardavam no lado de fora. Isso foi considerado pelos apoiadores como uma privatização da vitória. No dia seguinte, ele pegou emprestado o iate de um amigo para passar três dias de folga no Mar Mediterrâneo, embora prometesse que passaria três dias num… covento para meditar.
Aliás, duas das suas primeiras reformas foi diminuir os impostos dos mais afortunados e aumentar seu próprio salário em 172%. Numa só palavra, Sarkozy foi claramente "o presidente dos ricos", expressão muito utilizada nas mídias para qualificá-lo. A grande maioria dos franceses pobres ou da classe média querem agora que ele pague a adição.

Sarkozy foi também um presidente que dividiu o povo. Normalmente, a tarefa de um chefe de Estado é reunir todos os cidadãos, apesar das diferenças. Ele fez o contrário: muitas vezes, apontou categorias da população para criticá-las. Assim, ele ou seus ministros disseram mais ou menos expressivamente que os desempregados eram responsáveis pelo caso deles, que as pessoas doentes eram mandrionas, que os muçulmanos eram os únicos a criar problemas, que os imigrantes e os franceses de origem árabe eram numerosos demais, que os professores e os juízes trabalhavam mal, que os sindicatos não eram necessários… Críticas desajeitadas, ainda mais que apontavam cidadãos necessitados ou já marginalizados.

Não ajudam também as amizades dele com ditadores africanos ou do Oriente Médio (Kadhafi foi recebido duas vezes no Palácio do Elysée antes de ser enfrentado na guerra da Líbia, Ben Ali na Tunisia, Moubarak no Egito, Bongo no Gabão, Sassous-Nguesso no Congo, Abdallah na Arábia Saudita, Nazarbaiev no Cazaquistão, Al-Assad na Síria…) e os casos judiciais em que seu nome aparece (com destaque para o financiamento ilegal da sua campanha em 2007).

Mas o principal problema de Sarkozy na campanha se chama François Hollande, o candidato do Partido Socialista e antigo companheiro de Ségolène Royal. O deputado da Corrèze tem um programa clássico de esquerda muito apreciado: aumento dos impostos dos mais ricos, criação de um banco público de investimentos, geração de 60 mil empregos na educação, diminuição da energia nuclear e promoção das energias renováveis. Apresenta-se como uma "pessoa simples e um candidato normal" em oposição ao Sarkozy que queria tornar-se "superpresidente" e gerir tudo ao mesmo tempo. Hollande é também considerado o político com senso de humor mais desenvolvido no país. Em tempo de crise e austeridade, isso conta.

No primeiro turno, ocorrido no último domingo (22/04), ele e Sarkozy obtiveram mais ou menos o mesmo resultado, 28,56% e 27,07% respectivamente, mas no segundo a diferença é clara (entre 42 e 47% para Sarkozy, entre 53 e 58% para Hollande). Mesmo o antigo presidente Jacques Chirac, de direita, disse que ia votar no socialista. Um cúmulo! Sejamos diretos: em alguns dias, a França deve mudar de presidente. No fundo, Sarkozy sabe disso e afirmou numa entrevista que, caso perca, encerrará a carreira política. Para muitos aqui, sua carreira durou cinco anos a mais (por Samuel Duhamel diretamente de Lille, França).

Imagem: Eric Feferberg/France Presse

terça-feira, 17 de abril de 2012

VI Encontro Estadual de História – ANPUH/BA

VI ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA – ANPUH/BA
XXIII CICLO DE ESTUDOS HISTÓRICOS DA UESC
POVOS INDÍGENAS, AFRICANIDADES E DIVERSIDADE CULTURAL

CAMPUS DA UESC – ILHÉUS/BA, 13 A 16 DE AGOSTO DE 201
Encontram-se abertas até 13 de maio, inscrições de COMUNICAÇÕES para os 34 Simpósios Temáticos do Evento. Poderão inscrever-se profissionais de História e de outras áreas com interesse na temática geral do Evento e com aderência às propostas dos Simpósios. Graduandos poderão também inscrever-se, desde que sejam chancelados formalmente por seus orientadores.

Quanto às solicitações de informações sobre Hospedagem, informamos que estabelecemos parceria com a Multihotéis, Operadora Oficial do Evento, que em breve apresentará cotação de diárias na rede hoteleira de Ilhéus, com tarifas promocionais para os participantes do Evento, bem como de pacotes e passagens aéreas também promocionais.

Quanto ao Alojamento para estudantes, após entendimentos com a Administração da UESC, estaremos disponibilizando 200 vagas (salas) para alojamento, única e exclusivamente para delegações. Este número poderá ser ampliado, desde que sejam utilizadas barracas. Em breve iniciaremos a campanha de “hospedagem solidária”.

Visando tornar mais ágil a troca de informações, bem como uma maior circularidade do Evento estamos lançando, em parceria com o Portal História Pensada, o Blog Oficial do Evento. Convidamos a todos que o visitem, bem como o compartilhem em suas redes de contatos (Fonte: ANPUH-BA).

ST 11 - ENTRE A DEMOCRACIA E A DITADURA: CONFLITOS, TENSÕES E PARTICIPAÇÃO POLÍTICA NO BRASIL

Autor(es) SILVIO CESAR OLIVEIRA BENEVIDES
GRIMALDO CARNEIRO ZACHARIADHES

Resumo:
A história republicana brasileira foi intercalada por períodos democráticos e de regimes de exceção, como o Estado Novo (1937-1945) e a Ditadura Militar (1964-1985). Desde a Proclamação da República, em 1889, a limitação dos direitos políticos de amplos segmentos da população marca a história brasileira. O próprio Golpe Militar de 1964 poderia ser pensado como o momento mais dramático de conflitos que existiram na luta empreendida pelos que aspiravam a uma maior participação política e os grupos que tradicionalmente detiveram o poder estatal. Este simpósio temático visa acolher trabalhos que tratem da história política, econômica e cultural brasileira a partir da discussão desta tensão, que continua também nos dias atuais. Embora não vivamos atualmente em um período ditatorial e autoritário, ainda temos muito que lutar para consolidar a democracia no país, que só será possível com uma maior participação de diversos setores da sociedade. Pretendemos neste Simpósio Temático construir um quadro o mais rico possível das transformações políticas e sociais brasileiras, congregando pesquisadores de várias temáticas com o intuito de analisar como se deu a ampliação da participação política no Brasil durante o período republicano. Para tanto, serão abarcados tanto trabalhos que tratem de momentos de aumento desta participação quanto daqueles quando ela se viu reduzida, como os chamados períodos de exceção.
Imagem: Cartaz de divulgação

Mais informações sobre o III EBECULT

De amanhã (18/04) a sexta-feira (20/04), Cachoeira e o Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) sediarão o III Encontro Baiano de Estudos em Cultura (EBECULT), que tem como objetivo incentivar o compartilhamento da produção acadêmica desenvolvida no campo da cultura, no Estado da Bahia.

O III EBECULT oferece 15 simpósios temáticos com apresentação de mais de 200 trabalhos aprovados, os quais revelarão a diversidade das pesquisas e estudos culturais na Bahia (vide programação completa AQUI). O Encontro proporciona também uma Conferência com reflexões sobre as políticas culturais em âmbito nacional; uma Mesa Redonda com destaque para a interface entre cultura, política e comunicação; três diálogos culturais dando ênfase ao samba do Recôncavo, ao cinema e as artes visuais contemporâneas, além de uma plenária final onde será definida a instituição sede do próximo encontro.

Visando aproximar conhecimentos acadêmicos e populares, inovações e tradições, e proporcionar ao público uma imersão na cultura local, serão oferecidas visitações a instituições e projetos culturais de extensão, além de uma ampla programação artístico-cultural, com exposições, instalações, artes cênicas e muita música. Convidamos todos os interessados a compartilharem essa experiência conosco. Para mais informações, visitem nosso SITE (Fonte: Comissão Organizadora III EBECULT).

Imagem: ASCOM UFRB

domingo, 1 de abril de 2012

Relembrar para não esquecer

Nos primeiros anos da década de 1960, esboçou-se no Brasil uma situação definida por alguns historiados de pré-revolucionária, onde ideais socialistas conquistavam cada vez mais adeptos nos meios intelectuais, sindicais, estudantis, artísticos, eclesiásticos, rurais, entre outros setores da sociedade brasileira. Tratava-se de uma tendência “esquerdizante”, que se espalhava por inúmeras camadas sociais e contagiava, sobretudo, grande número de jovens a ponto de impulsionar muita gente a ter uma participação política mais efetiva.

Os setores dominantes da sociedade brasileira, sentindo seus interesses ameaçados pelas exigências dos trabalhadores urbanos e rurais politicamente mobilizados, conspiraram contra o governo de João Goulart, por temerem que no Brasil uma possível revolução socialista se tornasse vitoriosa, a exemplo do que ocorrera em Cuba. Por essa razão, intelectuais como Jacob Gorender afirmam que o golpe de Estado liderado pelos militares em 1964 pode ser entendido como uma contra revolução preventiva.

Em 01 de abril de 1964, as Forças Armadas brasileiras, sob o pretexto de restabelecer a ordem social ameaçada por uma crise político-institucional, depuseram o presidente João Goulart com o apoio de um leque bem complexo de forças sociais. Foram apoiados pelas classes dominantes nacionais, que compreendiam tanto setores rurais e urbanos, como, também, setores produtivos arcaicos e modernos, por grande parcela da classe média, pelas oligarquias políticas, especialmente aqueles segmentos que não conseguiam chegar ao poder por meio do voto popular, e pelo governo dos Estados Unidos. Por isso a historiografia brasileira atual se refere a esse episódio como golpe civil-militar. Como o primeiro de abril é conhecido nacionalmente como o dia da mentira, os arquitetos do golpe designaram o 31 de março como data oficial do ato nomeado pela propaganda ideológica do regime recém-instaurado de “revolução”.

De 1964 a 1985 a sociedade brasileira experimentou dias de trevas, nos quais o estupro da democracia, a perseguição política e ideológica, as prisões arbitrárias, a censura, o cerceamento da liberdade de expressão, a tortura, os “desaparecimentos” de presos políticos e daqueles considerados inimigos da segurança nacional passaram a ser uma prática constante e, pior, uma política de Estado. Hoje, quarenta e oito anos após o fatídico golpe, devemos relembrar a data não para comemorá-la. Mas, sim, para que não nos esqueçamos do valor da democracia. Esta, mesmo imperfeita, é o melhor caminha a se trilhar (por Silvio Benevides).


Imagem: Pedro de Moraes

Várias Vidas de Joana

O curta abaixo, escrito, dirigido e produzido por Cavi Borges e Abelardo de Carvalho, narra a história de Joana, menina que cresceu “no interior alheia aos principais acontecimentos do país. Aos dezoito anos desembarca no Rio de Janeiro sem imaginar o que a esperava pela frente. A data? Primeiro de abril de 1964. A partir de então, Joana e o Brasil nunca mais foram os mesmos”. O grande mérito do filme é fundir e confundir a história de vida da menina-mulher Joana com a história de vida do Brasil nas décadas de 1960 e 1970. Imagens retiradas de arquivos históricos nos remetem a esses tempos de trevas. Excelente produção que, sem dúvida alguma, vale a pena conferir!

Imagem: Pedro de Moraes