segunda-feira, 17 de junho de 2013

Violência armada: Salvador, Bahia, Brasil

Considerada por muitos como a “Terra da Felicidade”, ou, ainda, a terra da mistura, do sol, da folia, do carnaval e da alegria, Salvador está cada vez mais atolada num lamaceiro sem fim. A violência em Salvador, e no Brasil como um todo, há muito já atingiu contornos de guerra civil não declarada. A Copa das Confederações, que acaba de iniciar, e a Copa do Mundo, que vem aí, foram trazidas não para se reverterem em benefícios ao país, às cidades e aos seus cidadãos, como alardeia o discurso oficial. Se olharmos direitinho, acho que já estamos perdendo. No caso de Salvador, por exemplo, nenhum legado positivo esses eventos trarão para esta tão aviltada urbe, como anuncia a corja política e empresarial que tomou conta da cidade. Creio que eles irão mascarar nossas pústulas, nossas mazelas e todo o horror pelo qual a população há décadas vem passando, especialmente, a população de baixa renda e carente, a parte mais vulnerável deste jogo de imundícies. Na antiga Fonte Nova havia uma vila olímpica, uma escola pública e um ginásio de esportes. Na nova, “vendida” a uma cervejaria, temos tão somente um estádio de futebol, com menor capacidade, e cercado de estacionamento por todos os lados. Mas, como dizem os bobos da corte, agora pelo menos nossos estádios, verdadeiros templos do futebol, se igualam aos dos europeus. Enquanto isso, do lado de fora, amarga-se todo tipo de infortúnio e mal-estar social. O pior, é que a violência crescente é só um dos acerbos sintomas (por Silvio Benevides). 




Um dos mais procurados destinos turísticos do Brasil e uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, a cidade do Salvador, capital do Estado da Bahia, Brasil, vem sendo atingida por uma onda de violência sem precedentes nestes últimos anos. De acordo com o Brazilian Center for Latin American Studies (CEBELA), houve um aumento de mais de 250% de mortes violentas na capital baiana. A fotógrafa da Agência Reuters, Lunae Parracho viajou para Salvador a fim de documentar o treinamento high-tech do efetivo policial, o trabalho da polícia nas favelas da cidade, das equipes de homicídio, o sofrimento das vítimas da violência armada; e, também, para retratar integrantes de grupos de narcotraficantes. As imagens podem ser vistas abaixo (Traduzido do site Boston.com).

Imagens: Lunae Parracho/Reuters.

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