segunda-feira, 25 de junho de 2012

Onde está Wally?

Hoje, data em que a cidade de Cachoeira comemora o início das lutas pela independência do Brasil na Bahia, ocorreu algo inusitado. Todos se perguntavam: onde está Wally? Os festejos tiveram início com uma missa na Igreja de Nossa Senhora do Carmo. No interior do templo, as autoridades e os outrora “homens bons”. Na porta, o povo. Entre o povo, professores da rede pública estadual em greve desde o dia 11 de abril de 2012, a gritar palavras de ordem. E onde estava Wally? Havia no ar uma expectativa para se saber onde se encontrava Wally. De repente um som de helicóptero. Seria Wally a chegar? Talvez, afinal era um helicóptero oficial. A aeronave pousou no estádio municipal. A comitiva despontou na rua. E Wally? Wally não veio. Quem veio foi o vice dele. Por quê? Seria excesso de compromisso? Como, se a transferência do governo para o município de Cachoeira, nesta data, foi definida em lei aprovada pela Assembléia Legislativa da Bahia e sancionada pelo próprio Wally em 2008, para homenagear os heróis cachoeiranos que, no dia 25 de junho de 1822 deram início às lutas contra os portugueses pela Independência do Brasil, culminando no 2 de Julho, em 1823? Seria medo de enfrentar os professores em greve, greve esta que não tem como ser justificada, afinal, já dura mais de 70 dias? Ninguém entendeu o motivo de tal ausência e como se isso não bastasse, os professores grevistas em protesto foram encurralados num pequeno espaço que lembrou a muitos presentes um curral. Isso mesmo, os professores foram encurralados e Wally nem aí pra isso (por Silvio Benevides).

Imagem: Silvio Benevides

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