domingo, 13 de junho de 2010

Dos escritos de Santo Antônio

Oh, coração de pedra, que não sentes compaixão com o próximo, que, entretanto, está feito da mesma carne que a tua! É como se tivesses a coragem de dizer: quem é este nosso irmão com o qual precisamos nos preocupar? Tu és igualzinho a Nabal, que negou um pouco de comida a Davi e a seus soldados, irrompendo até nestas graves injúrias: “quem é esse Davi? Deverei, então, pegar meus animais para dá-los a homens que nem conheço e nem sei de onde vêm”? Mas lembra-te de que – como se lê na sagrada escritura – por causa disto o coração de Nabal se tornou como que de pedra [...] Hoje ainda existes, amanhã já não mais: nada mais incerto que a hora da morte, embora não haja nada mais certo do que ela mesma [...] Quem quiser se alimentar dignamente do corpo de Cristo...traduza em obras as suas palavras [...] Quem prega a verdade está afirmando Cristo, quem cala a verdade está renegando a Cristo [...] A vida cristã pode se comparar ao arco-íris, que se estende majestoso de uma ponta até outra do horizonte: várias são as cores, mas predominam o vermelho cor-de-fogo e o azul celeste. O primeiro é a chama do amor a Deus, o segundo é a ternura do amor fraterno (por Santo Antônio de Pádua).
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Imagem: Santo Antônio por Henrique Passos.

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