Jegues, pombas e o MP
Alcione respirou aliviada: os jegues participaram da Lavagem do Bonfim. Sem eles, a letra de Ilha de Maré teria que ser alterada (“quando cheguei no Bonfim, minha senhora, da carroça enfeitada eu saltei”). Como a Marrom cantaria? “...do metrô encantado eu saltei”? Mas os jeguinhos não foram os únicos protagonistas do reino animal na festa. O prefeito João Henrique falou tanto em paz e acabou atraindo a ave que é seu símbolo (da paz, no caso). O colunista Levi Vasconcelos, de A Tarde, relatou: uma pomba deu um voo rasante sobre o prefeito e não se pode chamar de bons fluidos o que a malvada derramou sobre João. Os engraçadinhos insinuam que o Ministério Público vai exigir que o próximo cortejo seja realizado em espaço coberto. A licitação para compra de um toldo de 8 km já estaria sendo preparada. Somados com os 14 da ponte Salvador-Itaparica, teríamos 22 km de dinheiro público bem aplicado.
Partido Visível
O pré-candidato do Partido Verde ao governo da Bahia, deputado federal Luiz Bassuma, espírita há 30 anos, foi a pé, mostrou que tem fé e mentalizou pensamentos positivos. Disse que vai para o segundo turno, enfrentará e vencerá Jaques Wagner. Difícil mesmo foi notar a discreta comitiva do PV em meio a quase um milhão de pessoas que participaram do cortejo do Bonfim. Vão dizer que estou pegando no pé de Bassuma, mas não é nada disso. Apenas fiquei refletindo sobre o que um amigo me disse: “a imprensa precisa se espiritualizar para cobrir melhor esse tipo de evento. Veja: nenhum jornalista registrou a presença dos irmãos de luz que acompanharam Bassuma”. Pelo menos de pombas eles protegeram o deputado.
Wagner e o Karoshi
Karoshi é a palavra usada pelos japoneses, com sua incrível capacidade de síntese, para definir “morte por excesso de trabalho”. ‘Karo’ significa “excesso de trabalho” e ‘shi’ quer dizer “morte”. O fenômeno, objeto de pesquisa da Sociologia do Trabalho, merece atenção. Estudiosos distraídos estão preocupados com os deputados estaduais baianos, que, depois do recesso, terão que ir a Assembleia dois dias por semana. Particularmente, me aflige a atual rotina do governador Jaques Wagner. Desde o início do ano, ele não para. Já foi a Morro de São Paulo, Encruzilhada, Aracatu, Brumado, Piripá e Tremedal (a 588 km da capital). Entre os próximos dias 18 e 23 passará por dez cidades, inaugurando rodovias, unidades de saúde, entregando cisternas, escolas e até, veja você, lançando obra de um Matadouro, no povoado de Tapiranga, município de Miguel Calmon (368 km de Salvador). Como diriam os japoneses: Kaprisho. Tradução: cativando o povo de todos nós (por Bárbara Souza*).
* Bárbara Souza - Jornalista DRT-BA 1.700
Chefe de Redação do Política Hoje
Gentilmente permitiu que o Salvador na sola do pé publicasse suas notas sobre política.
Alcione respirou aliviada: os jegues participaram da Lavagem do Bonfim. Sem eles, a letra de Ilha de Maré teria que ser alterada (“quando cheguei no Bonfim, minha senhora, da carroça enfeitada eu saltei”). Como a Marrom cantaria? “...do metrô encantado eu saltei”? Mas os jeguinhos não foram os únicos protagonistas do reino animal na festa. O prefeito João Henrique falou tanto em paz e acabou atraindo a ave que é seu símbolo (da paz, no caso). O colunista Levi Vasconcelos, de A Tarde, relatou: uma pomba deu um voo rasante sobre o prefeito e não se pode chamar de bons fluidos o que a malvada derramou sobre João. Os engraçadinhos insinuam que o Ministério Público vai exigir que o próximo cortejo seja realizado em espaço coberto. A licitação para compra de um toldo de 8 km já estaria sendo preparada. Somados com os 14 da ponte Salvador-Itaparica, teríamos 22 km de dinheiro público bem aplicado.
Partido Visível
O pré-candidato do Partido Verde ao governo da Bahia, deputado federal Luiz Bassuma, espírita há 30 anos, foi a pé, mostrou que tem fé e mentalizou pensamentos positivos. Disse que vai para o segundo turno, enfrentará e vencerá Jaques Wagner. Difícil mesmo foi notar a discreta comitiva do PV em meio a quase um milhão de pessoas que participaram do cortejo do Bonfim. Vão dizer que estou pegando no pé de Bassuma, mas não é nada disso. Apenas fiquei refletindo sobre o que um amigo me disse: “a imprensa precisa se espiritualizar para cobrir melhor esse tipo de evento. Veja: nenhum jornalista registrou a presença dos irmãos de luz que acompanharam Bassuma”. Pelo menos de pombas eles protegeram o deputado.
Wagner e o Karoshi
Karoshi é a palavra usada pelos japoneses, com sua incrível capacidade de síntese, para definir “morte por excesso de trabalho”. ‘Karo’ significa “excesso de trabalho” e ‘shi’ quer dizer “morte”. O fenômeno, objeto de pesquisa da Sociologia do Trabalho, merece atenção. Estudiosos distraídos estão preocupados com os deputados estaduais baianos, que, depois do recesso, terão que ir a Assembleia dois dias por semana. Particularmente, me aflige a atual rotina do governador Jaques Wagner. Desde o início do ano, ele não para. Já foi a Morro de São Paulo, Encruzilhada, Aracatu, Brumado, Piripá e Tremedal (a 588 km da capital). Entre os próximos dias 18 e 23 passará por dez cidades, inaugurando rodovias, unidades de saúde, entregando cisternas, escolas e até, veja você, lançando obra de um Matadouro, no povoado de Tapiranga, município de Miguel Calmon (368 km de Salvador). Como diriam os japoneses: Kaprisho. Tradução: cativando o povo de todos nós (por Bárbara Souza*).
* Bárbara Souza - Jornalista DRT-BA 1.700
Chefe de Redação do Política Hoje
Gentilmente permitiu que o Salvador na sola do pé publicasse suas notas sobre política.
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Imagem: Angeli
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