“Você se lembra de mim? Eu nunca vi você tão só. Oh, meu amor. Oh, meu xodó, minha Bahia. ACM, meu amor, quem gosta da Bahia quer”. Acordei hoje com esse antigo jingle de uma das campanhas do Antônio Carlos Magalhães na mente. O curioso é que depois de muito matutar, não conseguia entender a razão de esta música estar a ressoar na minha cabeça insistentemente. Não era uma canção lindamente cantada pela Elis Regina, Maria Bethânia, Gal Costa, Marisa Monte, Adriana Calcanhoto, Fernanda Takai ou pelo Ney Matogrosso ou Orlando Silva. Era um jingle enaltecendo o ACM. Estaria eu sendo acometido por uma espécie de surto com alto potencial de destruição da saúde mental? Preocupei-me. Pensei em ligar para uma amiga psicóloga quando me ocorreu um estalo. Eureka!
Não estava a acontecer comigo nenhum fenômeno de natureza patológica. Tratava-se, isto sim, de algo semelhante ao que a psicologia denomina de restos diurnos no caso da formação dos sonhos. Por vezes, nossos sonhos resultam de experiências sonoras, visuais, olfativas, entre outras, que vivenciamos durante o dia e, de alguma maneira, tais experiências aparecem nos nossos sonhos ao longo da noite. No meu caso especificamente não se tratavam de restos diurnos, mas sim noturnos. Explico.
Não estava a acontecer comigo nenhum fenômeno de natureza patológica. Tratava-se, isto sim, de algo semelhante ao que a psicologia denomina de restos diurnos no caso da formação dos sonhos. Por vezes, nossos sonhos resultam de experiências sonoras, visuais, olfativas, entre outras, que vivenciamos durante o dia e, de alguma maneira, tais experiências aparecem nos nossos sonhos ao longo da noite. No meu caso especificamente não se tratavam de restos diurnos, mas sim noturnos. Explico.
Na noite anterior eu havia assistido na TV ao filme O retorno da Múmia (The Mummy returns, 2001), dirigido por Stephen Sommers, com o Brendan Fraser no papel do destemido herói Rick O’Connor. Não é um dos melhores filmes que já vi. Sequer é melhor que o anterior A Múmia (The Mummy, 1999), do mesmo diretor. Mas é um bom filme para curtir num final de domingo durante as férias. Só não imaginava que ao longo do dia seguinte ele me impressionaria a ponto de me fazer temer o retorno de múmias malvadas ao mundo dos vivos. Temo que algumas múmias retornem para aterrorizar nossa paz, especialmente a paz de nós baianos. Estou a falar, precisamente, daquele cujo nome não deveríamos pronunciar. Tenho medo, muito medo, do retorno do ACM. Pronto, disse. Seja o que Deus quiser. Mas que bobagem! Do que estou a falar?! Quanta sandice! Se, por acaso, isso de fato acontecer, a gente chama o Rick O’Connor para nos socorrer. E viva ao Senhor do Bonfim! (por Sílvio Benevides)
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Imagem: desenho do cartaz de divulgação do filme O retorno da Múmia
Um comentário:
Esqueci de falar na entrevista, mas achei o blog muito bacana, parabéns!
Abraço,
Wilton Mercês
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