O mar que a todos nós une, também a todos separa. O mar que a todos encanta e fascina, também amedronta e arruína. Na imensidão do mar sem fim se escondem segredos, lágrimas, alegrias, prazeres e muita história. Do mar brotou a vida. No mar a vida habita. Nas águas tranqüilas e revoltas do mar também habita uma legião de deuses e deusas: divindades gregas, romanas e irorubás. Do mar profundo emergiram sublimes Oceano, Netuno e a senhora, Dona Iemanjá. A ela é dedicado o Poema Falado deste mês de fevereiro, tempo de festa no mar, intitulado Mar Sonoro, de autoria da poeta portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen. De sua paixão pelo mar de Iemanjá rebentaram estes de sereia: “Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim, / A tua beleza aumenta quando estamos sós / E tão fundo intimamente a tua voz / Segue o mais secreto bailar do meu sonho, / Que momentos há em que eu suponho / Seres um milagre criado só para mim”. Tudo isso embalado pela maravilhos música do Dorival Caymmi, Sargaço Mar, na voz suavíssima da Adriana Calcanhoto. Boa vídeo-leitura! Odô-yá!! (por Silvio Benevides)
Imagem: Silvio Benevides
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