segunda-feira, 27 de abril de 2009

I got my first blog award – The best award

Sometimes we met people who make ourselves feel so good. Because of this, they are very singular and unforgettable people. It doesn’t matter what these people use to do to make ourselves feel better or where they live, if near us or in the other side of the world. Their kindness becomes them so close to our heart. Maybe some people never can understand what I’m saying, because I’m talking about the truth…the truth of my feelings. After all, “it’s only with the heart that one can see rightly; what is essential is invisible to the eye”, like said Antoine de Saint-Exupéry in Le petit prince, my favorite book. Two weeks ago the Salvador na sola do pé won a very special award from a Lonely Friend, the I LOVE YOUR BLOG award. Thank you very much my friend. You really are a kind guy! This is the best award that someone desires to win, original and lovely. Thanks! I finish this post with other words from Le petit prince: “You become responsible, eternally, for what you have tamed”. For this reason, you are a special friend for me. Now, in according of the rules of my Lonely Friend, I have to nominate other blogs that I love (by Sílvio Benevides).
*
HERE ARE MY NOMINATIONS:
*
Nishant Nischal's Blog (http://www.nishantnischal.blogspot.com)
*
Nishant Nischal is an Indian friend that has an interesting blog about the incredible India. Believe me: this Land is really incredible. He uses to take very beautiful photos of his country. It’s fantastic! We met each other casually and, together, we are finding many similarities between India and Brasil. For example: there is here in Salvador a carnival group called Filhos de Gandhi (Gandhi’s sons). The group was created in 1949 and its philosophy was inspired by the non-violence politic of Mahatma Gandhi from India. If you want to know the real India, you have to visit the blog of my Lonely Friend. Or go to there in person.
*
Bienvenue-Ami (http://bienvenue-ami.blogspot.com)
*
This is the blog of my great and closed friend Pappillon. Here, we can find beautiful poems of great authors from Brasil and other countries. If you are looking for good lecture, this is the right place.
*
GrandSports – O blog do Lucas Franco (http://grandedobrasil.blogspot.com)
*
Lucas Franco is a very smart journalist student. His blog is about sports, but we can find here some posts about the life in general and, of course, about journalism. His chronicles about sports are sensational.
*
Pensamentos de José Saramago (http://www.josesaramago.org/site)
*
No. José Saramago is not my friend, unfortunately. But I love so much his site and specially his writings. He’s extraordinary!
*
NOW HERE ARE THE RULES:
*
1) Add the logo of the award to your blog.
2) Add a link to the person who awarded it to you (Not necessary, only if you want).
3) Nominate at least 5 other blogs (Only if you want).
4) Add links to those blogs on your blog.
5) Leave a message for your nominees on their blog to come and pick their award from your blog.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Uma soteropolitana na capital do Amazonas

Em visita rápida a Manaus, registro aqui um pouco da impressão que tive da cidade e dos manauaras ou manauenses.

Manaus é uma cidade de aproximadamente 1,71 milhão de habitantes, está situada a margem esquerda do Rio Negro, próxima ao encontro das águas com o Rio Solimões (nome dado ao Amazonas na região). É uma cidade grande, bonita e de uma arquitetura interessante. Tem um porto totalmente flutuante que veio todo pronto da França e só montado em Manaus.

Tive a oportunidade de sentir sabores exóticos, diferentes do que estou acostumada. E se você acha que já tomou açaí, o açaí da Bahia não passa perto do açaí que se tem lá. O que será mesmo que tomamos aqui, afinal? Hoje eu posso dizer o que é açaí, como também tapioca, cupuaçu etc.

Hummm, e não posso deixar de falar do belo almoço típico da sexta-feira Santa, na casa de Dona Elvira. E para minha surpresa ou ignorância encontrei na mesa de Dona Elvira com o nosso conhecido Vatapá, e pensei que fugiria dos pratos da Bahia. Bem, mas o de Dona Elvira era um Vatapá Manauara muito gostoso, feito também a base de pão e com o seu sabor especial diferente do nosso. Lá também comi o pirarucu de casaca. Um prato feito com o pirarucu, o maior peixe de água doce (o bacalhau da região) e banana pacovã frita. E devo registrar o maravilhoso bolo de cupuaçu e também o creme da mesma fruta feitos caprichosamente por Dona Maria, hummmm tudo muito delicioso! Espero não ter engordado muito!!

Apesar ser uma visita rápida à capital do estado do Amazonas, tive oportunidade de fazer belos passeios que me foram proporcionados pela hospitalidade das amigas Paula e Luli, e, assim, conhecer partes dessa bela cidade que tentarei descrever aqui e espero que algum dia vocês façam essa longa, mas bela viagem.

Para iniciar minha visita, fiquei hospedada na casa de minha amiga Paula e sua hospitaleira família, em um bairro chamado Aleixo, que tem uma localização privilegiada na cidade e parece mesmo perto de tudo. E é no Aleixo que está localizado o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Fiquei sabendo depois que os visitantes que vão a Manaus e que não tiverem tempo para ir à floresta devem visitar o Bosque da Ciência, localizado no INPA e aberto ao público. Não foi dessa vez que fui ao bosque!!

Em minha primeira saída, conheci a Casa da Sopa, localiza no Aleixo, um lugar agradável onde coloquei o papo em dia com as amigas. No dia seguinte, fui ao Encontro das Águas, esse espetáculo natural, ocorre quando as águas barrentas do Rio Solimões se encontram com as águas pretas do Rio Negro, correndo lado a lado por 4 a 6 quilômetros sem se misturarem, devido a diferenças na temperatura, densidade e velocidade das águas. Os dois rios continuam por muitos quilômetros, com redemoinhos e correntes cada vez menos distintas fazendo a interface entre os dois. Só isso já justifica esse passeio e ida tão rápida a Manaus para quem não tem muito tempo. É realmente incrível e indescritível a sensação de poder presenciar esse espetáculo da natureza. Sem contar que naveguei nas águas do maior rio do mundo.

Tive a oportunidade de conhecer o Parque Ecológico de Janauary, que está localizado no rio Negro. O local concentra vários ecossistemas da região. Lá tem o Lago das Vitórias-Régias, onde há uma passarela rústica que nos leva a conhecer esta bela flor amazônica. E foi lá que, deixando o Motor (barco grande), passei para as canoas e fiz um passeio pelos igapós e várzeas, onde podemos encontrar grandes e pequenas árvores com cipós, vegetação típica desse ecossistema. E depois desse passeio de canoa, almocei em um restaurante flutuante onde são servidos pratos à base de peixes da culinária regional. Os peixes do Amazonas têm um sabor mais encorpado. Há também ao lado do restaurante venda de artesanato dos ribeirinhos.

À noite fui com Paula e suas irmãs conhecer a praia de Ponta Negra, um local popular às margens do Rio Negro. Uma área também de vida noturna. E lá, assisti a apresentação dos ensaios dos bois Garantido e Caprichoso. O Boi-bumbá é um estilo musical proveniente de Parintins, cidade no interior do Amazonas, que conta com danças folclóricas com temática indígena e ribeirinha e com um Festival Folclórico que ocorre no mês de junho.

E para fechar a minha viagem fui conhecer o Teatro Amazonas, porque tinha que fazer uma foto para meu amigo Silvio e a fiz. Obrigada Silvio, pois vale muito a pena ir conhecer essa bela arquitetura!! Este marco notável foi construído no meio da Floresta Amazônica em 1896, no apogeu do ciclo da borracha. O teatro de Manaus, construído com a riqueza dos barões da borracha, levou quinze anos para ficar pronto. Todos os materiais foram importados da Europa, incluindo as ferragens, estruturas, estátuas, mármores, lustres, espelhos e cristais. Apenas a madeira utilizada no piso e nas cadeiras é brasileira, da Bahia. O Teatro Amazonas foi inaugurado em 31 de dezembro de 1896.
Agradeço aqui a maravilhosa generosidade e acolhimento das pessoas dessa cidade e principalmente, a Paula e sua família pela hospedagem. Fui muito bem recebida e bem acolhida por todos que tive a oportunidade de conhecer. E espero voltar em breve a Manaus para rever essa linda cidade, rever as pessoas e conhecer novos lugares (por Gina Carla Reis).
*
Imagens: Encontro do Rio Negro e Solimões, Parque Ecológico de Janauary e Teatro Amazonas por Gina Carla Reis.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

O estudante dono do seu destino

Dentre as inúmeras características das sociedades contemporâneas, uma das mais significativas talvez seja o triunfo de um padrão de conduta fortemente orientado pelo que se pode chamar de lógica do consumo, cuja dinâmica se pauta por princípios semelhantes àqueles que regem os mercados econômicos.

Nas décadas finais do século XX, principalmente após o colapso do comunismo no Leste Europeu, o processo de expansão do capital excedeu sobremaneira a esfera da produção, infiltrando-se em outros planos da existência humana mais diretamente ligados às relações cotidianas. Por conta disso, há nas sociedades atuais uma tendência a reduzir toda e qualquer relação social a modelos delineados pela lógica do consumo capitalista. Lógica esta que passou a orientar a vida das pessoas como se fosse uma “lei de ferro”.

A capacidade de consumir bens e serviços se tornou um dos princípios fundamentais de regulação das relações entre indivíduos e destes com grupos e instituições, sejam elas econômicas ou não. É comum, por exemplo, encontrarmos no interior das instituições de ensino superior, sobretudo nas de natureza privada, estudantes que enxergam o processo educacional como um mero produto, a exemplo de tantos outros disponíveis no mercado consumidor. Sendo assim, pautam suas ações e reivindicações pelo simples fato de estarem pagando por um serviço, tal qual acontece nos centros de lazer ou compras.

Perceber ou vivenciar o processo educacional apenas pela lógica do consumo acaba por limitar significativamente as possibilidades que tal processo pode oferecer ao indivíduo e à coletividade. Educação não se resume apenas à transmissão de um determinado conhecimento e/ou técnica que melhor atendam às necessidades do mercado. A educação tem como princípio fundamental o desenvolvimento das faculdades físicas, intelectuais e morais do indivíduo, isto é, visa transformá-lo em sujeito social ativo, pensante e participante dos processos sociais, ciente dos seus deveres e direitos e, por isso mesmo, capaz de transformar a realidade que o cerca.

Educar é, portanto, muito mais do que somente preparar um indivíduo para ingressar no mercado de trabalho e, conseqüentemente, no mercado consumidor. Educar é um convite à reflexão, é propiciar os meios indispensáveis para que o indivíduo conquiste sua emancipação social e supere sua pequenez humana. Todavia, o que se vê é a lógica do mercado e do consumo adquirindo um status de um mito, quase um totem, que condiciona e limita as faculdades intelectuais e morais de inúmeros estudantes, a ponto dos seus objetivos se resumirem apenas em estudar para passar a fim de pôr a mão no diploma, visto, muitas vezes, como um bilhete que lhes garantirá a entrada no mercado do consumo desenfreado. Poder consumir é o que muitos acreditam ser a conquista da sua autonomia.

Tomar o mercado como o princípio sintetizador das relações sociais significa reduzir a sociedade a um jogo cujas regras são definidas por quem pode pagar mais e, por conseguinte, consumir mais. A pergunta que se deve fazer é a seguinte: quais as conseqüências para a humanidade entender as relações sociais a partir de uma lógica consumista? Que tipo de ética prevalecerá numa sociedade de consumo? Tais questionamentos só poderão ser respondidos por aqueles que enxergam o processo educacional não como um produto, mas como um mecanismo de emancipação do sujeito social. Estes sim serão os líderes e agentes de transformação do amanhã, donos do seu destino, e não meros carneirinhos que, de tão tolos, se deixam conduzir ao aprisco, acreditando ter alguma autonomia sobre sua sorte (por Sílvio Benevides).
*
Imagem: O escolar, Vincent Van Gogh (1890)

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Olhares

O olhar nos define e pelo olhar definimos o mundo. Os olhares, por sua vez, são condicionados pelos códigos e padrões culturais que orientam nossos passos nos espaços por onde caminhamos e ocupamos. Em suma, o olhar nos situa no mundo. Se o nosso olhar é condicionado pela cultura na qual estamos imersos e pelo lugar que ocupamos, então os nossos olhares são sempre singulares, isto é, nunca enxergamos o que o outro vê. Em certa medida essa assertiva procede. Entretanto, há momentos em que os olhares se encontram e se cruzam, ou seja, rompem fronteiras e situam-se, simbolicamente, na cultura do outro, no espaço do outro. Para o antropólogo estadunidense Clifford Geertz (1926-2006), situar-se significa trocar, conversar, comunicar. Segundo ele, o objetivo da antropologia é promover o “alargamento do universo do discurso humano” (In: A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989).
*
Mesmo distantes, tanto do ponto de vista simbólico (leia-se cultural) quanto do ponto de vista geográfico, o Brasil e a Índia se comunicam de várias maneiras. Aqui, através dos olhares de dois interlocutores virtuais. Refiro-me a mim, Sílvio Benevides, um brasileiro, e a Nishant Nischal, um indiano. Conhecemo-nos através de nossos blogs e por conta deles nossas culturas passaram a se comunicar. Desse modo descobrimos elementos comuns entre os cotidianos de nossas realidades. Estas se encontraram, se comunicaram a partir de nossos olhares, como é possível perceber nas imagens abaixo.

Índia
Brasil


*








Embora afastados, os olhares por vezes se encontram, pois como já disse o filósofo chinês Confúcio, milhares de anos atrás, “a natureza dos homens é a mesma, são seus hábitos que os mantêm separados” (por Sílvio Benevides).
*
Imagem do olho: René Magritte, The False mirror (1928).