quinta-feira, 25 de outubro de 2012

VIII Panorama Internacional Coisa de Cinema vai acontecer em Salvador e Cachoeira

Entre os dias 25 e 30 de outubro, Salvador e Cachoeira, esta pela primeira vez, sediarão o Panorama Internacional Coisa de Cinema, em sua oitava edição. Com muitos filmes inéditos na Bahia, a programação apresenta mais de 30 produções, todas exibidas gratuitamente, no ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA-GLAUBER ROCHA, na Praça Castro Alves, na SALA WALTER DA SILVEIRA, Barris, ambas em Salvador, e, também, no AUDITÓRIO LEITE ALVES, do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), na histórica Cachoeira.

Em Cachoeira a sessão de abertura, que ocorre nesta quinta (25/10), às 20h30, traz quatro filmes da Competitiva Nacional de Curtas, incluindo o baiano “O menino do cinco”, de Marcelo Matos e Wallace Nogueira, que levou seis prêmios este ano no Festival de Gramado, e “A mão que afaga”, de Gabriela Amaral, diretora baiana radicada em São Paulo, com a mesma performance no Festival de Brasília, além de “Dizem que os cães vêem coisas”, de Guto Parente, do Ceará, e “Pra eu dormir tranqüilo”, de Juliana Rojas, de São Paulo. Após a exibição, os diretores participam de debate com a platéia.

Durante o festival, o público poderá conhecer a produção de estudantes de cinema da UFRB, que têm realizado curtas-metragens continuamente, conquistando reconhecimento e premiações. É o caso de Leon Sampaio, que atualmente escreve o roteiro do seu primeiro longa-metragem. Ele é diretor de “O cadeado”, a ser exibido na sexta dia 26 (18h30), que foi premiado no Festival Internacional de Curtas de São Paulo e exibido na Mostra de Tiradentes. No filme, ele mostra as reações de alunos e professores diante de uma escola sempre fechada, na qual sempre há um cadeado no portão.

Na mesma sessão está “Rua dos Bobos”, de Ohana Almeida, outra prata da casa, que apresenta uma mulher em processo de desapego das convenções sobre espaço e objetos. O trio de estudantes da UFRB se completa com “Entre Passos”, curta de Elen Linth sobre as dores da infância, que será exibido no sábado dia 27, às 18h10. Nas duas sessões com curtas baianos (seis filmes em cada), os diretores das produções exibidas estarão presentes e conversarão com o público ao final da sequência de filmes.

Além de apresentar as produções dos cineastas em formação na UFRB, o Panorama traz também filmes já consagrados, como os longas-metragens “A febre do rato”, de Cláudio Assis, e “Histórias que Só Existem Quando Lembradas’, de Julia Murat. O primeiro é o filme brasileiro indicado ao Prêmio Goya, considerado o Oscar espanhol, e tem premiações acumuladas nos festivais de Paulínia, Triunfo e no Cine Ceará. O segundo é uma das produções brasileiras mais premiadas no exterior, tendo recebido troféus nos festivais de Cinema Brasileiro de Paris, de Cartagena (Colômbia) e de Abu Dhabi (Emirados Árabes).

O público de Cachoeira poderá conferir, também, uma iniciativa inédita na trajetória do evento: a parceria com o Animage – Festival Internacional de Animação de Pernambuco. Com isso, sete animações de diversas partes do mundo, desde o Brasil à distante Estônia. Vale ressaltar que são filmes que, dificilmente, entrarão em circuito exibidor em Salvador ou qualquer cidade brasileira (Fonte: Coisa de Cinema).

Imagem: Pierre Themotheo e Fabio Abreu.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Eleições 2012: as doenças de Salvador

Em 2007, a Bahia, e por que não dizer o Brasil, se livrou definitivamente de um Aviltoso Cancro Mole. Cinco anos depois, uma mutação genética fez surgir um Aviltoso Cancro Mole Nevrótico. Este, porém, apesar do baixo grau de malignidade não deve ser ignorado, pois, dada a sua origem, o estrago pode ser grande. Entretanto, um outro tipo de doença, igualmente devastadora e já bastante conhecida dos soteropolitanos. chega para ameaçar a Bahia e, em especial, Salvador. Agora, a doença da vez se chama Granuloma Venéreo Lacerante, que provoca a formação de enormes úlceras (feridas) e a destruição dos tecidos, sobretudo o social. Essa doença chega como quem não quer nada, mas a saúde pública alerta: o Granuloma Venéreo Lacerante é uma doença muito perigosa. Ela insiste em se impor e não sossegará enquanto não tomar conta de tudo para instituir um novo império do terror. Há oito anos os soteropolitanos foram profundamente afetados por conta dessa doença nos meios políticos locais. Graças a essa doença Salvador se encontra chafurdada na merda, repleta de úlceras e lixo por todos os lados e cantos, sufocada por enormes engarrafamentos, entregue à ganância estúpida de uma elite política e econômica irresponsável e anacrônica que faz a cidade crescer sem planejamento e sem perspectiva alguma de transformação. Sim, graças ao Granuloma Venéreo Lacerante a atual gestão que está à frente da Prefeitura de Salvador desde 2004 foi eleita e, o que é pior, reeleita. Três dias após as eleições municipais ele reaparece para apoiar o tal do Aviltoso Cancro Mole Nevrótico. Povo de Salvador abra o olho na hora de votar! Não permitamos que Salvador adoeça ainda mais (por Silvio Benevides).

Imagem: Silvio Benevides.